Quando eu olhei para a quantidade de coisas de escola que eu tinha por aqui, fiquei imaginando que precisaria de um depósito para organizar isso tudo!
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| Foto: Nana Smirnova | Unsplash |
Oi, pessoal!
Passou o fim do ano, e eu querendo me livrar do acúmulo de papelada. Na minha carreira, percebi que muitas pessoas compartilham comigo esse processo. E confesso que vi poucos seres iluminados cujo trabalho docente não gera tanto papel!
Por conta da mudança de escola e de área, em um ano minha pilha dobrou de tamanho e eu precisava fazer algo a respeito, ou até o final do ano eu já teria aprendido a nadar em papéis...
Como eu tenho lecionado Projeto de Vida em um curso com ênfase em empreendedorismo, andei pesquisando uns assuntos que me ajudaram a por tudo em ordem. Entre desenvolvimento pessoal e arquivologia, defini como vou me organizar daqui pra frente e resolvi compartilhar isso hoje com vocês.
Vamos ver como foi?
Que áreas da minha vida geram papéis?
Este foi meu primeiro passo.
Aqui eu usei de ponto de partida a famosa Roda da Vida (você conhece?), que inclusive tem modelos variados. Mas existem várias fontes sobre as principais áreas da vida do ser humano. Para seguir com ideia da organização, vou elencar algumas aqui:
- Saúde e disposição
- Desenvolvimento intelectual
- Emocional
- Finanças
- Contribuição Social (onde eu incluo o trabalho*)
- Realização e Propósito
- Criatividade, Hobbies e Diversão
- Plenitude e Felicidade
- Espiritualidade
- Vida Social
- Relacionamento Amoroso
- Família
Estão sublinhadas as áreas que eu percebi que no meu caso geram muitos papéis e documentos, inclusive meus hobbies. Ah! Eu não incluí nessa dinâmica os diários e coisas similares.
Para a postagem de hoje vou focar só na parte profissional 😉.
Obs: A Roda da Vida é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, portanto é uma análise interna. É necessário entender que todas essas áreas conversam entre si (e não se esgotam nessa lista). Apesar da parte do *Trabalho transpassar muitas dessas áreas listadas, eu a inclui majoritariamente na área de "contribuição social".
Que tipos de papéis e documentos meu trabalho produz?
Muito bem, foco no trabalho.
Pesquisando materiais de biblioteconomia e arquivologia, encontrei e adaptei um Plano de Classificação para ajudar por aqui (a referência foi o arquivo "Noções Básicas para Organização" do Sistema de Arquivos da UNICAMP).
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| Fonte: Maíra M. Penteado | Blog Projeto de Vida na Prática |
Sentei e escrevi tudo, quase um brainstorming mesmo. Com isso percebi que a papelada do meu trabalho (de professora em uma escola pública) fica subdividida em duas grandes áreas: a escola enquanto empresa e a escola enquanto sala de aula.
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| Fonte: undraw.co |
Quais papéis a Escola enquanto empresa produz para mim?
Aqui eu vou partir direto para a listinha:
- Documentos referentes à pessoa e seu cargo (concurso, contratação, encaminhamento para a escola, efetivação, habilitações, tempo de permanência, plano de carreira, Publicações em Diário Oficial, contracheques, declarações, etc.)
- Legislação que rege a empresa, o cargo e as atividades educacionais (LDB, BNCC, Publicações em Diário Oficial, etc.)
- Documentos referentes à escola em que estiver alocada (regimento interno, PPP, quadro de horários, divulgações internas, etc.)
Dê uma conferida, algumas coisas só se aplicam para escolas públicas pois são regidas pelo governo. Mas coisas como contratos e regimentos têm uma versão similar para escolas particulares e até mesmo se você for autônomo.
Aliás, cabe ressaltar que nem tudo vai ser papel né, muitos desses documentos hoje em dia chegam direto no formato digital (só eu que ainda tenho os que eu recebia em papel no começo da minha carreira?? 👀).
Quais papéis a minha prática pedagógica produz?
O trabalho na sala de aula não começa na sala de aula, não é mesmo? Planejamento é uma necessidade (mesmo que muitas vezes a gente planeje de cabeça rsrs). Acho que a pesquisa para as aulas é a parte que mais gera papel/arquivos aqui para mim. Sempre encontro alguma coisa e penso 💭 "Nossa, posso usar isso naquela aula!" Este também é o seu caso?
Por conta disso, separei essa parte em quatro áreas:
- Referências (materiais didáticos, apostilas, revistas, imagens, vídeos, tudo o que eu vou ler ou usar para preparar a minha aula)
- Atividades (folhas, imagens, testes, apresentações, vídeos, tudo o que eu produzi para a sala de aula e pretendo usar outra vez, com as devidas referências)
- Registros avaliativos (avaliações em geral, diários de classe, registro de lançamento de notas, tudo o que os alunos me entregam e deve ficar comigo, mesmo que temporariamente)
- Outros registros (lembranças, cartinhas, fotos dos eventos da turma, tudo o que não é obrigatório, mas aquece o coração)
"Referências" e "Atividades" podem andar juntas já que são subdivididas geralmente pelos mesmos temas. Por exemplo, tenho duas pastas das aulas de Ecologia Florestal que andam juntas, umas das referências e uma das atividades. O mesmo eu faço para as disciplinas de Projetos.
Acho até que vale a pena dividir os conteúdos Química ou Biologia de Ensino Médio, já que as coisas andam diferentes com a nova legislação (BNCC).
Dica: Eu já separei um arquivo (ou fichário ou pasta) para cada área/tema que leciono pois, no caso de papéis, revistas, e afins, uma pasta temática ajuda muito na organização.
Os "Registros avaliativos" ficam separados por turma, já que a maioria eu devolvo para os alunos durante o bimestre. O que "fica para trás" vou arquivando por ano.
Resumindo
Essas foi a lógica que eu segui para separar todas as coisas referentes ao meu trabalho. Vou deixar aqui uma imagem (feita no Miro) dessa estrutura. 😉
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| Fonte: Maíra M. Penteado | Blog Projeto de Vida na Prática |
Profª Maíra Penteado
Como citar este artigo:
PENTEADO, M.M. Organização Documental para Professores. Projeto de Vida na Prática, 2022. Disponível em: <https://projetodevidanapratica.blogspot.com>. Acesso em: dia, mês e ano.
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